Hoje temos uma convidada especial, a Aline Aguayo do blog Panelinha Saudável, onde ela descreve suas experiências e compartilha receitas deliciosas. A Aline possui intolerância à lactose e sensibilidade à alimentos com glúten, e ela teve que descobrir uma forma de contornar isso para ter ter uma vida saudável. No relato dela descrito abaixo, ela conta como ela faz a sua dieta com boa alimentação e como mantém uma vida com rotina de atividades físicas.

Dieta sem lactose, é bom para todo mundo

Sigo a dieta com restrição alimentar porque tenho intolerância alta à lactose, hipersensibilidade a glúten e sensibilidade à soja. Não foi escolha, foi obrigação mesmo. Hoje, muita gente segue dietas restritivas por opção e esse nem sempre é o melhor caminho da saúde porque, a partir do momento que você corta algo da sua alimentação, a reação do seu organismo, ao tentar reinserir a substância, é rejeitar esse alimento e aí, quem não tinha restrição alimentar, pode passar a ter.

O leite não é o melhor amigo do homem, não é o alimento que mais contém cálcio e o organismo humano não digere completamente esse alimento. Algumas pessoas nascem com intolerância, outras desenvolvem ao longo dos anos. O que acontece é que nosso organismo vai perdendo a capacidade de produzir a lactase – enzima responsável por digerir a lactose, o açúcar do leite. Então, ninguém está a salvo.

Se você não é intolerante, mas deseja cortar o leite, o melhor a fazer é procurar um nutricionista e tomar essa decisão em conjunto com ele, alinhando os objetivos com a nova dieta.

Os derivados do leite tem sim os seus benefícios e fazem parte de uma alimentação balanceada, ser radical e cortar por conta porque está na moda e a fulana faz, não é uma boa escolha. Nós temos uma individualidade muito grande no funcionamento e necessidade do organismo, por isso, ter um profissional que possa te dar um respaldo é fundamental.

Até adequar minha alimentação, eu passei por uma saga longa e com muitos exames. Muitos mesmo, mas quatro meses após cortar o leite, eu vi melhoras significativas no funcionamento do meu organismo e no meu peso. Nesse período eu emagreci 4 quilos, perdi 3 centímetros de cintura e 6 centímetros da bordinha de catupiry, sabe? Aquela gordurinha que pula pelo cós da calça.

Claro, isso aliando a dieta aos treinos de musculação e bike, que eu só retornei junto com a descoberta da intolerância. Não sou a neurótica da balança, não me peso com frequência – aliás, só me peso quando faço meus retornos à nutricionista e ando bem satisfeita com os números que aparecem por lá.

E não foi só isso. O intestino passou a funcionar tipo reloginho (eu sofria com intestino preso), não fiquei mais doente – com frequência eu tinha alguma “ite”, sinusite, amigdalite, rinite, e não tive mais enxaqueca nem aftas que tanto me incomodavam.

Descobrindo a Intolerância a Lactose – o começo

Se eu falar que foi fácil, é mentira descarada. Descobrindo a Intolerância a Lactose – o começo No começo, eu optei por leite de soja ou leite sem lactose, que na verdade é cheio da enzima lactase. Até descobrir que soja me fazia mal e que o consumo dos “sem lactose” não era a oitava maravilha do mundo moderno, levei um tempo e passei a ficar mais tempo na cozinha, preparando meus alimentos, inventando receitas ou pesquisando em livros e na internet. Hoje, cozinhar é uma paixão e faço sempre com muito prazer.

Senti falta de muitas coisas, iogurtes – consegui consumir por um tempo, pelo fato de ser fermentado, chocolates, pizza, queijos, bolos. E parece que quando você não pode, todo mundo resolve esfregar a comida na sua cara. Meu irmão era campeão em ir lá em casa fazer bolo, petit gateau, brownie e outras coisas.

Aí, reeduquei meu cérebro a parar de dizer “não posso” e passar a dizer “não quero, obrigada!”. Cada vez que eu dizia, não posso, eu ficava com um sentimento de dó, de poxa, coitadinha, quer, mas não pode comer. E não era esse o caminho que eu queria seguir.

Passar a cozinhar me ajudou muito. A gente acaba descobrindo as maravilhas que podemos fazer sem leite, sem glúten, sem soja, algumas vezes sem ovos e sem açúcar. Como diz meu noivo, “a Aline cozinha com espirro”.

Hoje, não sinto mais falta. Tenho sim boas lembranças de algumas comidas, mas falta não sinto. Eu que comia uma barra de chocolate sozinha, hoje prefiro o chocolate amargo bem de vez em quando e acho tudo doce demais. Nosso paladar é adaptável, a gente só precisa estar aberto a receber esses novos sabores, aprender a gostar mesmo.

Prática de esportes e suplementação pra intolerantes

Praticar uma atividade física foi bem importante no processo todo. Quando mais nova eu fiz academia por 4 anos, parei 10 e retornei há um ano. Há 4 anos eu pedalo, mas estava fazendo bem esporadicamente. Voltei a pedalar com mais frequência.

Movimentar o corpo ajuda a eliminar toxinas, além de, ajudar no bom funcionamento do intestino e dar outro ânimo na vida.

Dentro do universo de esportes a suplementação foi minha principal dúvida. O que tomar? Como tomar? Quando tomar?
Depois de três meses de treino comecei a tomar Whey Isolada, e só. Depois de alguns meses troquei de nutricionista e procurei uma especializada no meu novo objetivo: esportista e funcional.

Trocamos a Whey Isolada pelo Hidrolisada e passei a usar outros suplementos no pré, intra e pós treino. Sempre sob orientação.

Trocamos a proteína porque a Hidrolisada exige menos no organismo. Ela já chega no intestino toda quebradinha e a absorção é mais fácil. A troca foi feita porque viajei no fim do ano e não encontrei opções de comidas sem lactose. Me enchi de lactase (a enzima digestiva) e o organismo não estava mais respondendo com a mesma eficiência de antes. Ou seja, é um caso específico e por isso a importância de ter um acompanhamento profissional.

Eu ainda estou no começo, tenho muito a aprender e quero aprender cada dia mais. Saber que hoje meu blog pode ajudar a mais pessoas que se sentiram tão perdidas quanto eu, é muito bom. Dê uma passadinha por lá, deixe suas sugestões, dúvidas, pedidos de receitas e que quiser.

Aline

Aline é formada em Jornalismo e em Publicidade, trabalha com marketing digital e SEO desde 2009. É ciclista com amor, treina musculação e é intolerante a lactose e sensível a glúten, por isso, em 2013 descobriu a paixão pela culinária saudável, por estudar e experimentar novos alimentos. Criou o blog www.panelinhasaudavel.com.br onde compartilha dicas e receitas sem lactose, funcionais, algumas sem glúten e até veganas. Também possui perfil no IG – @panelinhasaudavel e uma Fan Page.

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