Gastrite: alimentos permitidos e os que você deveria evitar

Hey seus lindus!

Hoje vou compartilhar algo pessoal com vocês. Descobri que tinha gastrite nervosa em 2013 mais ou menos, justamente quando estava no auge do estresse com trabalho, academia e morar sozinha em São Paulo. Montar uma dieta específica para gastrite mudou completamente minha rotina e, acreditem, me fez repensar toda minha relação com a alimentação. Vou contar tudo que aprendi nessa jornada!

Por que a alimentação faz tanta diferença na gastrite?

Antes de mergulhar nas listas do que pode e não pode, deixa eu explicar uma coisa que mudou minha perspectiva. Nossa alimentação tem um impacto direto na saúde do estômago, e alguns alimentos podem ser verdadeiros vilões (ou heróis!) quando temos gastrite.

• Inflamação sob controle: Certos alimentos têm poder anti-inflamatório natural. Quando descobri isso, comecei a incluí-los estrategicamente nas minhas marmitas.
• Acidez equilibrada: Aprendi que não é só sobre evitar alimentos ácidos, mas entender como cada refeição afeta nosso estômago.
• Proteção da mucosa: Alguns alimentos atuam como um verdadeiro escudo protetor para nosso estômago.

Alimentos permitidos

1. Carboidratos amigos

São os carbos que vão te ajudar com a gastrite e assim você não vai ficar com aquela sensação ruim de dor de estômago ou de asia. Pode comer:

• Batata doce
• Arroz branco bem cozido
• Mandioca
• Inhame
• Banana da terra

2. Proteínas que não irritam

• Frango sem pele – gorduras em geral são vilãs
• Peixe grelhado
• Ovos cozidos
• Tofu

3. Legumes e verduras salvadoras

• Abóbora (faço em sopas cremosas sem leite ou creme)
• Batata inglesa
• Chuchu
• Abobrinha
• Cenoura cozida

Alimentos que vão piorar sua gastrite

1. Os vilões clássicos

• Café – sim, tive que diminuir MUITO 😭 – a cafeína é um veneno para quem tem gastrite
• Frituras e gorduras em geral – tchau, batata frita.
• Refrigerantes e bebidas gaseificadas.
• Laticínios – inclusive os lights.
• Alimentos muito condimentados – sabe aquele salgadinho processado, pode cortar.
• Bebidas alcoólicas – esse aqui nem precisa falar o motivo, né.
• Doces em geral.

2. Surpresas desagradáveis

• Tomate – descobri que era um dos meus principais gatilhos.
• Chocolate amargo – outra tristeza na minha vida 😢!
• Cebola crua
• Frutas cítricas
• Pimentas – essa aqui me matou também.

Como eu fiz para não sofrer com a gastrite

No início de tudo foi bem difícil porque muitos desses alimentos eu precisei cortar 100% por um período. E eu, como uma mineira raiz, ficaria sem café e queijo como???

O legal é que eu encontrei um médico gástrico na época que me ajudou bastante junto com a nutri, e assim eu consegui voltar a comer chocolate, beber um vinho ou tomar café, sem que a gastrite me arruinasse de dor no estômago. Obviamente que quando exagero nessas coisas, eu passo mal e preciso recorrer a um protetor estomacal por uns dias, mas com o tempo eu adotei bons hábitos e, sinceramente, não me lembro a última vez que eu tive uma gastrite, mesmo nos períodos mais tensos do trabalho.

Então pega essas dicas aqui:

1. Planejamento é tudo

• Preparo marmitas para a semana ou ter um planejamento alimentar para não comer besteiras no momento de fome.
• Sempre carrego snacks seguros – eu gosto muito de banana e maça desidrata. No caso da maçã eu arrisco até a canela sem medo.
• Tenho um “kit de emergência” na bolsa que consiste em: Gastrol pastilha ou um Eno, um protetor estomacal e as enzimas de lactase porque desenvolvi intolerância à lactose. Em casos de exagero ou que eu comi alguma coisa que não me fez bem, eu recorro ao Gastrol em quase 100% das vezes e já ajuda.

2. Adaptações que funcionam

• Trocar o café por chá de camomila – lógico que não!!!! Eu amo café em um nível muito elevado. O que eu precisei fazer foi diminuir a quantidade ou substituir pelo descafeinado. E não é a cafeína, é o sabor. Então, eu não eliminei mas diminuí consideravelmente.
• Aprendi a temperar a comida sem agredir meu estômago. Eu descobri que a cúrcuma por exemplo não me faz bem, mas a páprica já funciona. A cebola e o alho são meus principais alidados.
• Descobri alternativas para a maioria das coisas que eu não queria eliminar totalmente, tipo doce ou álcool. Em alguns casos eu só precisei diminuir o consumo que já me ajudou.

Dicas práticas que salvam

1. Horários das refeições
   • Como a cada 3 horas para não deixar o estômago vazio. Quase em todas as situações eu sinto a gastrite quando fico um período muito longo sem comer.
   • Evito pular refeições.
   • Janto 2 horas antes de dormir porque além da gastrite ainda tenho hérnia de disco. Sim, eu sei que sou toda zicada rss.
2. Porções e formas de preparo
   • Prefiro porções menores, principalmente porque quando exagero eu fico mal.
   • Alimentos bem cozidos nas refeições.
   • Evito líquidos durante as refeições porque atrapalham na digestão.
   • Tomo chás que ajudam a acalmar, tipo o de camomila ou o de hortelã que ajuda na digestão.

Tudo isso eu fiz e deu certo para mim. Muitas coisas são padrões por causa do conhecimento popular, mas o mais importante é você procurar um médico especialista e um nutricionista para te ajudar com a sua gastrite.

Pode ser que a cúrcuma que faz mal para mim por exemplo, pra você não faça diferença. Da mesma maneira, o alho que não me faz mal pode ser o contrário pra você. Então é extremamente importante procurar profissionais para te ajudar e melhorar o seu problema gástrico. Lembra que aqui eu contei a minha história e não sou profissional da saúde.

A gastrite quando não cuidada da forma correta pode acarretar em problemas mais graves como a úlcera, então, não brinque com isso!!!

Viver com gastrite não é fácil, mas também não é o fim do mundo! Com organização e conhecendo seu corpo, dá pra manter uma rotina ativa e saudável. O segredo é adaptar e não desistir.